terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FINAL DE ANO, INÍCIO DE OUTRO

Por Pliuno Elmond
Todo final de ano é um final de um pequeno ciclo nesse mar imenso de tempos que é nossa vida.

E todo final de ciclo marca o início de outro, que começa imediatamente, sem que nós mesmos nos demos conta disso.

E todo final de processo requer de nosso senso crítico alguma forma de autoavaliação – afinal, é muito fácil avaliar todos os outros e simplesmente ignorar quem nós somos, como vivemos, o que queremos e outros questionamentos que brotam de nosso íntimo.

Somos seres humanos; assim, somos seres pensantes. E, como pensamos, temos a faculdade de avaliar tudo o que pensamos, tudo o que dissemos, tudo o que fizemos. E, se nós pararmos mesmo para pensar, veremos que nós não somos perfeitos.
Discutir perfeição é perda de tempo para a nossa vida prática; todavia, essa parada em nossa vida para uma reflexão é essencial. Não se trata de nos tornarmos perfeitos de uma hora para outra como as receitas de livros de autoajuda; trata-se de refletir sobre nós mesmos, o que somos, o que sentimos, o que queremos, o que fazemos.
O passado nos fez o presente. E o teu presente, neste momento, é esta leitura reflexiva. Seria muito fácil tecer aqui uma série de perguntas como num teste de revista; acontece que as opções para você marcar nem sempre constariam da maneira que você gostaria ou teria de responder.

Não há testes nem provas que nos façam nos sentir melhores. Há sim momentos de prazer e de dor, de alegria e de tristeza, de realização e de frustração, de amor e de ódio que fazem parte desse emaranhado de sentimentos em nossa vida.

E, quando paramos para pensar nesse universo de pensamentos, sentimentos, palavras, ações que somos nós mesmos, é o fechamento de um ciclo: você deixa para trás tudo aquilo que você fez sem parar para refletir (em que você agiu sem pensar, em que você falou sem medir as consequências). E é nesse momento que nos damos conta de que não somos nada, nada perfeitos.

Ao terminar esse texto, garanto que um turbilhão de lembranças terá passado pela sua mente. São sensações gostosas e arrepiantes que ressurgem vivas em nossa memória como se tivessem acontecido hoje; no entanto, estavam escondidinhas nos recônditos de sua memória. Às vezes, a reflexão dói, pois pensamos naquilo que deixamos de fazer porque a preguiça nos falou mais alto; às vezes, é satisfatória, pois conseguimos cumprir nosso dever. Porém, nada passa em nossa vida sem um momento de reflexão.

Final de ano, início de outro. Final de ciclo, início de outro. Final de texto, início de outro. Agora, é a sua vez de (re)escrever sua própria história.

Feliz Natal! Próspero 2011!

sábado, 27 de novembro de 2010

Diante dos conflitos

Palavras de paz em tempo de pânico e desespero são complicadas e difíceis, mas necessárias.

Nesse ponto, as religiões e a psicologia não são totalmente capazes de dar o conforto necessário às vítimas desses acontecimentos, porque tudo depende de uma formação anterior para saber lidar com essas situações.

O preparo vai além da frieza diante do que se vê; é necessário um olhar de alteridade e certeza de que esses momentos chegarão ao fim.

As piadas ajudam a tentar aliviar a tensão; no entanto, elas acabam ferindo muitas vezes os que estão passando por situações mais delicadas.

Assim, o melhor a se fazer mesmo é procurar um local seguro para o corpo e para a mente. A paz interior não pode ser completamente abalada, pois precisamos dela inclusive para sair de casa.

Abraços virtuais, fé e esperança no futuro!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ESTUDAR É...

Seria fácil completar esse título tratando o estudo como uma coisa maravilhosa, não é mesmo? Não tem nada mais democrático do que as reticências nesse título. Afinal, todo mundo tem opinião formada sobre o estudo e o trabalho. Para alguns, é tão chato que, se pudessem, jamais teriam começado. Para outros, porém, o estudo é a coisa mais importante do mundo; afinal, sem o estudo, não sairíamos de casa sequer.

Desde cedo, fomos levados a frequentar uma escola. Mais do que uma obrigação, a escola é o segundo local onde você passa mais tempo de sua vida. É na escola que você encontra e conhece outras pessoas, além de aprender todo o conhecimento necessário para a sua vida.

É claro que há muita coisa que aprendemos – ou tentamos aprender – na escola que, aparentemente, não tem muito a ver com nossa vida, não é mesmo? Eu mesmo poderia citar várias coisas que certamente vi na escola e cuja aplicabilidade está longe do meu cotidiano. Contudo, sem esse conhecimento adquirido, certamente não teria chegado aonde cheguei.

Nem sempre o estudo é uma das coisas mais agradáveis do mundo. Afinal, eu me lembro de ter passado horas inteiras revendo conceitos, fazendo exercícios, lendo livros... Nossa! É muita coisa mesmo. Fora algumas aulas: alguns professores são muito legais, muito agradáveis; outros são tão chatos que, se a gente pudesse, matava mesmo todas as aulas dele. Mas, quando pensava nisso, eu lembrava que, assim como meus colegas, cada professor é diferente. Tanto os professores como os funcionários de uma escola são pessoas como eu. Apesar de eles estarem como profissionais em seus postos de trabalho, eles também têm seus dias bons, seus dias ruins, assim como eu tinha.

Dia de prova era uma loucura! Eu ficava muito nervoso antes de recebê-la. Depois, saía respondendo tudo e, no final, nem me lembrava do que tinha escrito. O importante é que, como eu me dedicava, eu conseguia passar por essas situações sem muitos problemas. Sempre estava revendo as minhas anotações no caderno e procurava realmente aproveitar as aulas para aprender. É claro que eu gostava também de uma zoação ou outra, mas nada que atrapalhasse a aula realmente.

De qualquer forma, o mais importante foi ter construído, na minha vida estudantil, um bom relacionamento com todos os meus colegas e professores sem preconceitos nem perturbações. E hoje, quando olho para trás e sei pelo que passei, vejo como é possível alcançar a vitória por meio do estudo.

E o que é mais importante: a gente nunca para de estudar. Nossa! Bateu desespero? Pense só nisso: quando você lê qualquer coisa – mesmo o livro da sua religião – ou faz algum trabalho junto com seu colega ou seu pai ou sua mãe, você também estuda. É! O estudo está presente em tudo ao nosso redor. É só parar para observar.

Nesse 11 de agosto, dia do estudante, reflita sobre como você vem agindo com seu estudo e seu relacionamento com colegas de sala, professores e funcionários de sua escola.

Parabéns, estudante! E procure se dedicar bastante, pois quem estuda sabe mais das coisas e de mais coisas ainda.

P.S.: Agora, complete: estudar é...

sábado, 7 de agosto de 2010

PAI: Missão possível

Ser pai é uma das missões mais importantes que qualquer homem pode desempenhar em sua própria vida. Dependendo da maneira como a realiza, pode ser uma das mais gratificantes também.

Ser pai é sonho de muitos homens. Por outro lado, ser pai é considerado pesadelo para outros. Todavia, quando essa realidade chega, não se pode fugir à responsabilidade que o nascimento de um filho acarreta.

A mãe leva o filho em seu ventre durante aproximadamente nove meses. Ao pai, primeiramente, cabe zelar para que esse período de gestação seja o mais tranquilo possível; afinal, o que ela carrega não é uma doença nem uma sombra: é o fruto de um momento mágico que permitiu a formação de um novo ser.

Com o nascimento dessa criança, ao pai também cabe zelar para o saudável desenvolvimento dela. Sabemos que a mãe costuma estar mais próxima do filho do que o pai; contudo, a participação do pai é fundamental para que a criança cresça saudável física e mentalmente.

Aos poucos, aquela criança, que parecia tão frágil, começa a tomar corpo. De repente, ela começa a andar. A falar. A se tornar independente. A te chamar de pai. A brincar com os amigos. A estudar. Ou seja, aquela criança, bem aos pouquinhos, vai se tornando um ser crescido, com pensamentos próprios, com vontades próprias, com uma vida própria.

Anos mais tarde, ela passa por uma nova transformação: adolescente. É a fase da saída do casulo infantil para o desabrochar do ser humano que se escondia naquela pequeneza. Não se pode perder de vista que, apesar de ser maiorzinho, o adolescente continua sendo um ser em formação. A questão passa a ser, em vez de dar ordens para ser obedecido, lidar com ele de uma forma mais madura: o diálogo cultivado desde a infância passa a ser fundamental, pois o adolescente já adquiriu vontade própria, amizades desconhecidas do círculo familiar e uma sede de conhecimento e de independência que vai além da idade e da capacidade dele. Não há ditadura que convença o adolescente; somente a conversa amiga e confiável pode estimular um bom relacionamento com ele. E o pai, mais até do que a mãe, precisa estar presente neste momento para que não se perca o rumo da educação transmitida até então.

Passados o desafio e as questões correlatas à adolescência, aquele ser que veio ao mundo pelos braços da mãe e que cresceu tendo você, pai, como testemunha, após uma saga por entre alegrias, tristezas, momentos de saúde, momentos de doença, períodos de paz e momentos de aborrecimento, finalmente, alcança a maioridade: torna-se um adulto. É o momento em que o pai deixa simplesmente de ser pai para ser um amigo mais velho e mais experiente. É, pai, nossos filhos não foram feitos para nós; nossos filhos vieram para nossas mãos para que pudéssemos torná-los independentes e fortes para enfrentar os desafios que o mundo e a vida lhe impõem.

Por isso, pai, a maior felicidade que você pode ter é perceber a felicidade em que seu filho estará vivendo depois de adulto. E, certamente, depois de uma bela retrospectiva, entre erros e acertos na educação fornecida, chegará o momento em que o filho te agradecerá por ter permitido viver a seu lado.

Parabéns, pai! Aproveite todos os momentos de sua missão! Dentre todas as missões que você já tem, nesta é totalmente possível o seu sucesso!

sábado, 24 de julho de 2010

RECESSO ESCOLAR: PAUSA PARA REFLEXÃO

Muitos de nós estamos vivenciando um momentinho de férias por causa do recesso escolar. Para muitos, momento de ficar livres daqueles alunos encapetados e irritantes. Para outros, momento para ficar com essas crianças e adolescentes inquietos e, muitas vezes, insensatos.

Não é fácil dizer determinadas coisas; no entanto, parece que vamos vivendo determinados momentos sem pararmos para pensar no que eles significam para nós. É preciso, de tempos em tempos, darmos uma parada em nossas vidas e observá-la de um ponto mais alto, como num alto de uma montanha da qual podemos observar uma cidade inteira e contemplá-la em detalhes.

Nossa vida não se resume nessas parcas semanas de férias de julho – muito menos nas de janeiro. O lazer é importante; contudo, a vida demanda trabalho e estudo.

Nossa vida não se resume a um breve momento de irritação só porque determinadas coisas não acontecem como planejamos. A vida segue um rumo determinado, e nós precisamos entender esse recado que ela sempre nos transmite. Podemos e devemos nos planejar; porém, não podemos desperdiçar energias por causa das frustrações.

Para quem tem filhos, estar com eles é um momento mágico, porque nem sempre temos condições de dar a devida atenção que eles merecem. Os pais precisam estar mais ao lado dos filhos e vice-versa. A única maneira de conhecemos uns aos outros é estando ao lado convivendo lado a lado, trabalhando lado a lado, estudando lado a lado.

Por outro lado, para o professor, que tanto convive com crianças e adolescentes, é momento de reflexão. Sabemos que ninguém é perfeito; ou seja, você faz o melhor para trabalhar suas aulas, mas sabe que sempre falta alguma coisa. Assim, esse período de recesso, além do merecido descanso, é o momento-chave para uma revisão de todo o trabalho desenvolvido até o momento e a possibilidade de mudança de rumo para realizar mais acertos no próximo período.

Todo o tempo que a vida nos dá serve para alguma coisa. O próprio momento de lazer é uma válvula de escape para não enlouquecermos. Assim, aproveite esse momento não somente para se divertir; aproveite-o também para repensar sua própria existência, sua carreira, seu trabalho e sua vida familiar. Não, não pense que isso é trabalho; isso é autoconhecimento. Sabendo de nossas qualidades e defeitos, potenciais e limitações, vamos aprender a conhecer nós mesmos. E quem conhece a si mesmo é o homem mais em paz que pode existir.

Muita paz!

terça-feira, 20 de julho de 2010

20/07: Dia do amigo

A amizade é um dos sentimentos mais importantes na nossa vida.

Uma das primeiras frases filosóficas que aprendi dizia que o homem era um ser social. Sem as amizades, seríamos seres completamente bitolados dentro de nossas crisálidas, verdadeiras burkas ambulantes, sem condições mesmo de nos comunicarmos uns com os outros.

O comércio, na sua justa busca por períodos para alavancar suas vendas, optou por comemorar a amizade no dia 20/07 nos últimos tempos. Afinal, se temos dia das mães, dia dos pais e dia dos namorados, por que não comemorar também o dia dos amigos?

O que não podemos perder de vista, no entanto, que todas as pessoas que amamos, ou seja, todas as pessoas às quais queremos bem merecem muito mais do que presentes e não necessitam de um dia especial para homenageá-las. Toda vez que telefonamos para elas para saudar o fato de elas existirem em nossas vidas é uma homenagem. Toda vez que as abraçamos quando as encontramos é uma forma de homenageá-las. Aliás, toda vez que falamos bem delas para outras pessoas também é uma forma de homenageá-las.

Muitos podem até estranhar eu ter colocado uma mensagem como essa justamente no dia do amigo; todavia, nada mais proposital do que falar dos amigos no dia deles. Nenhum presente é mais gratificante do que uma mensagem de carinho, de paz e de fraternidade.

Feliz dia da amizade!

domingo, 6 de junho de 2010

A Copa do Mundo e a Paz

Como uma competição pode parar um planeta? E como ela poderia servir de tema para este mísero blog?

Todos os olhares do mundo estão, neste momento, virados para uma cidade ao sul do mundo, mais precisamente na África do Sul. Todos aguardam os desdobramentos de uma competição.

Como pode uma competição para tudo, se toda e qualquer competição é inversamente proporcional à paz?

Nossa natureza humana é ainda muito ligada a desafios. Nosso primeiro desafio começa na infância, quando conseguimos conhecer as capacidades do nosso corpo e sobrevivemos às adversidades de doenças e conquistamos nosso corpo saudável. Há também os desafios proporcionados pelas brincadeiras, pelos amigos novos e pelas primeiras letras e contas a serem desenvolvidas.

A seguir, passamos pelo desafio da adolescência, na qual passamos a controlar um corpo novo, crescido, mais maduro, com novas capacidades e outras novidades bem distintas da infância. Além disso, há as novidades do mercado de trabalho, do estudo, dos esportes e de outros tantos desafios que aparecem em nossas vidas.

Por fim, chegamos à fase adulta e as obrigações impostas pelas leis, além de outros desafios que somente cada um de nós sabe quais e como eles surgem. Em tempo integral, desafios para chegarmos a algum lugar, mesmo sem saber exatamente para onde estamos indo.

Seja qual for o nosso destino, estamos sempre lidando com desafios - o que não deixa de ser uma certa competição. Nesse caso, a competição é conosco mesmo, que procuramos superar todas as questões que a divindade nos coloca, pois confia em nós. Por mais que isso pareça exagero, somos verdadeiros heróis, pois conseguimos superar, a cada dia, cada desafio.

E, então, surge a pergunta: você mantém sua paz diante desses desafios? Certamente, não. Costumamos reclamar, espernear, chorar, xingar, quebrar tudo. É impressionante como nos comportamos, muitas vezes, diante das dificuldades - às vezes, mínimas - que encontramos pela frente.

Então, o que fazer? Respirar fundo, elevar o pensamento e encará-lo, pois não há outro jeito. Fugir será pior, pois o desafio nos perseguirá na nossa consciência.

Todavia, é preciso encarar os desafios de cabeça fria. Não adianta tentar resolver tudo a ferro e fogo; é necessário, sem sombra de dúvidas, refletir e encontrar a melhor maneira de resolver nossos desafios da maneira mais racional possível, mesmo que o que esteja em jogo sejam nossas emoções.

E a Copa?

A Copa faz parte daqueles movimentos em que todos os corações se unem em torno de um ideal. Para quem joga, cumpre desempenhar seu papel atlético. Para quem torce, cumpre limitar-se a somente torcer, sem cair em exageros de fazer promessas, criar simpatias, negociar apostas ou achar que algo que você fizer vá influenciar o destino dos times na competição em questão.

Quem torce deve procurar levar em conta que todo e qualquer jogo é meramente um entretenimento, uma diversão; nada mais do que isso. Caso uma seleção consiga conquistar a copa, que diferença essencial em sua vida fará exatamente?

Absolutamente nenhuma.

Os jogadores sairão realizados, com seus ânimos em alta devido à vitória - ou em baixa devido a uma derrota. Todavia, diante de nossos desafios, também não sofremos derrotas? Ou vitórias?

Precisamos amadurecer nossos corações para sabermos encarar todos os tipos de desafio. A Copa do Mundo é um desafio que envolve somente os jogadores, pois é o papel que eles têm de cumprir. Os torcedores, por sua vez, devem torcer sem esquecer que o jogo é uma diversão, um momento para aliviar a tensão do cotidiano.

Assim, procure manter um padrão pacífico de pensamento na hora dos jogos. Evite gritos, desesperos e atitudes que te façam perder a paz. A sua saúde está em primeiro lugar. E a sua saúde começa pela paz.

domingo, 30 de maio de 2010

O perdão

Talvez este seja um dos atos mais difíceis de se conseguir e um dos atos mais bonitos que se pode ver, ouvir, sentir.

Perdoar é uma bênção que o Autor da Vida nos permitiu realizar para que todos os relacionamentos pudessem ser retomados de uma forma sadia.

Perdoar significa jogar fora todo o nosso lixo sentimental: mágoas, rancores, raivas, ódios, invejas, egoísmos, orgulhos. É como aquele enfeite que temos em casa, mas, que, mesmo detestando, resistimos em nos desfazermos dele. É aquele velho presente que, por mais que tenhamos detestado desde o início, decidimos ficar com ele para satisfazer a vontade de outra pessoa.

E como dói ver aquele objeto feio, não é mesmo? A gente tenta escondê-lo de todos quando somos visitados; contudo, ele está ali, olhando para a gente, como se estivesse rindo da nossa dificuldade em aceitá-lo ali.

A bem da verdade, deveríamos ter recusado sua presença em nosso lar desde o início. Porém, já que ele está ali, por que não livramos dele logo?

Talvez por nossa natureza ainda muito ligada à matéria, temos a tendência de nos agarrarmos a esse objeto, a esse sentimento mesquinho porque ele justifica nossos atos, justifica a manutenção de determinadas atitudes, que são movidas pelo orgulho e pelo egoísmo, nossos maiores inimigos.

Quanto mais nos agarramos a esses objetos enfadonhos, mais nos agarramos ao nosso lixo sentimental, mais nos agarramos ao peso que nos atrela ao nosso lado mais animal. E o pior: perdoar significa não somente ceder à visão de outras pessoas; perdoar também significa reconhecer que estamos errados.

Eu? Errado?! Que isso? Eu não erro nunca, jamais... Apenas, não aceito que me façam determinadas coisas e ponto final.

Bom... Pontos finais são sempre continuativos na nossa vida. Todos os atos de nossa vida, em relação a outras pessoas, também envolvem a visão do outro. Na visão do outro, ele está certo e você, errado. E, agora, quem está com a razão?

A resposta é: nenhum dos dos dois. Na medida em que ambos os lados decidem manter a barreira sentimental atrelada ao lixo sentimental, deve-se, assim, reconhecer que nenhum dos dois está certo. Muitas vezes, nada disso teria acontecido se um dos lados tivesse prestado mais atenção e tivesse deixado a situação, que já não estava lá muito boa, agravar-se.

Nenhum de nós é santo nem demônio. Somos meras crianças que mal estamos aprendendo a caminhar com nossas próprias pernas.

Nosso sentimento deve sempre ser educado mediante as dificuldades que aparecem. E perdoar é a melhor solução quando alguém nos atinge frontalmente ou indiretamente.

Perdoar deixa nosso coração leve, pois jogamos fora nosso lixo sentimental.

Experimente já, e verá como seu coração respirará mais aliviado. Perdoe, perdoe sempre, perdoe profundamente. Medite. Procure esquecer todo o mal que te fizeram e vigie para não machucar outros corações.

Perdoando, a paz chegará mais rápido ao seu coração.

sábado, 15 de maio de 2010

Ante os desafios da vida

Muitos desafios nos aparecem nos momentos mais inimagináveis possíveis. Muitas vezes, esses desafios surgem no momento em que nos preparávamos para descansar, desligar do mundo a nossa volta.

Desligarmo-nos do mundo é necessário. O descanso faz parte da Lei do Repouso – o próprio sono é uma manifestação dessa lei. Nosso corpo, nosso veículo, máquina humana, precisa também de reparo, descanso, respiração. Somos seres humanos, um conjunto que envolve corpo e espírito, carne e mente, matéria e imatéria; sem uma boa relação entre ambos, não conseguimos sequer sair da cama.

Mas, eis que, no exato momento em que você se preparava para desligar a tomada da consciência dos problemas em que você está inserido(a), o dever ou o problema lhe chama. O incômodo, a reclamação, o xingamento e outras atitudes absolutamente negativas assaltam nossa cabeça e, por vezes, acabamos tendo atitudes intempestivas. É... o nosso orgulho, por mais que estejamos lutando contra ele em tempo integral, acaba falando mais alto. O resquício de um sentimento egoísta e antirreligioso toma conta de nós, causando uma revolução que poderia até mesmo nos causar um infarto. Tudo porque alguém nos chamou para alguma coisa.

É verdade que nunca é lá muito agradável lidar com desafios que nos incomodam. Esses desafios podem ser pequenos, como ajudar um amigo com problemas, um parente que se meteu em confusão ou algo semelhante. Por outro lado, o desafio também pode ser um diagnóstico desagradável, algo que você jamais poderia pensar que poderia acontecer com você: uma doença incurável, um rombo na conta bancária, a morte de uma pessoa querida. Tudo pode acontecer nessa vida, não é verdade?

Se você se sentiu desanimado, desesperado, sem chão..., RESPIRE FUNDO! Esse é o primeiro passo. Arrebentar com o mundo ou revoltar-se contra o criador não resolverão nada; muito pelo contrário, só vão lhe causar ainda mais problemas, pois, além desse desafio, você vai ter de lidar com as consequências de um ato inconsequente.

O próximo passo é a resignação. Não se trata de deixar o barco correr, como naquela música, “Vida leva eu”. Trata-se de respirar fundo, elevar o pensamento e pedir a orientação superior – Deus, Allah, Javé, Jeová, Energia Cósmica, Primeiro Motor ou outros nomes a que chama esse Ser em quem você acredita.

Não perca as esperanças. Respire fundo. Acalme-se. O desafio que te apareceu só apareceu porque você tem capacidade para lidar com ele – e somente você. Ou você acha que Aquele que te deu a vida te deixaria na mão justamente agora?

Encare esse desafio como mais uma prova de sua capacidade de lidar com a vida como um todo. Você já é um vencedor por ter chegado até aqui. Pense nas dificuldades pelas quais você já passou e todas que você já venceu.

E se o desafio lhe parece grande demais, seja também humilde: peça ajuda, caso sinta realmente essa necessidade. Somos todos seres sociais, seres humanos, seres pensantes, seres amorosos. O calor humano é o que mais nos anima para vivenciarmos a vida como ela realmente é. Não se deixe cegar pelo orgulho e pela ambição de querer encarar tudo sozinho quando você percebe que precisa de ajuda.

Vá em frente! Lute! Encare mais esse desafio! O Criador está junto de você! Pode crer! “Ajuda-te, que o céu te ajudará”! Siga em frente sempre!

Abraços virtuais e muita paz!

sábado, 8 de maio de 2010

Mãe: Paraíso ou padecimento?

A sabedoria popular diz que ser mãe é padecer no paraíso. Se padecer está ligado à noção que temos de "paraíso", então estamos diante de um tremendo erro conceitual de nossa própria sabedoria.

Ser mãe é, acima de tudo, uma missão de dedicação e cuidado, uma espécie de sacerdócio assumido no momento da concepção. Quando uma mulher entrega-se a um homem, ela sabe que tem pela frente a possibilidade de assumir a missão da maternidade.

Maternidade é a perpetuação da nossa vida na Terra, é a confirmação do milagre da vida que o Criador nos proporcionou. Aquele pequeno ser, que se desenvolveu dentro do ventre e que, de uma hora para outra, apresenta-se por meio daquele choro no momento da primeira respiração, é o ser que veio para as mãos da mãe e do pai para ter seu desenvolvimento guiado por meio da educação familiar.

Felizmente ou infelizmente, todos nós temos livre-arbítrio e, dentro de certos limites, podemos fazer o que quisermos. Sabemos que nem sempre as mães queriam aqueles filhos ou que elas nem sempre possuem condições financeiras, físicas e/ou psicológicas para criar uma criança. São casos em que devemos direcionar preces ao Criador para que as decisões acerca dessas crianças sejam iluminadas para que ninguém saia prejudicado.

Aquele ser, com o passar dos anos, vai se desenvolvendo gradativamente: começa a andar, começa a falar, começa a aprender, começa a estudar e... de repente - Nossa! Parece que foi ontem! - eis que os filhos estão na adolescência. Finalmente, eles vão poder andar com as próprias pernas, né?

A sabedoria popular também diz: "Filho criado, trabalho dobrado". Quando a criança se desenvolve como adolescente para, posteriormente, tornar-se um adulto, ela aplica no cotidiano todas a lições de moral que aprenderam com os pais e as amizades da infância. Trabalho dobrado? Então, é preciso rever o que fizemos...

O carinho, a atenção, o cuidado - com as devidas proporções - na infância garantem uma relação de carinho no futuro também. Por outro lado, não podemos nos esquecer de uma percepção fundamental: criamos nossos filhos para que eles possam andar com as próprias pernas. Toda e qualquer orientação que dermos aos nossos filhos precisam ser sempre direcionados para a autonomia deles. Eles são NOSSOS filhos; porém, eles NÃO NOS PERTENCEM.

Vê-los felizes é o paraíso. Vê-los sofrendo ou nos agredindo é o nosso padecimento. Nem todos os momentos com os filhos são de sabedoria; contudo, a mãe, por ser mãe, precisa respirar fundo e colocar a cabeça no lugar para não tomar atitudes intempestivas, pois seu exemplo será tomado como modo de vida na cabeça da criança.

Assim, fica uma lição fundamental: ser mãe é uma missão de alta responsabilidade. Se você ainda não assumiu essa missão, esteja preparada: a estrada é pedregosa, e o destino dependerá da sua relação com esse novo ser. Se você assumiu a missão, olhe para o quanto você realizou e para o tipo de relação que você tem hoje com seus filhos. Toda e qualquer reflexão é necessária, mãe. Toda e qualquer reflexão é necessária, filho.

O dia das mães não pode ser reduzido aos presentes - geralmente de cozinha ou para casa, nada para a pessoa da mãe; o dia das mães é o momento para repensar a própria relação mãe-filho(a)(s), independentemente das idades em que ambos estejam. O importante mesmo é sempre aparar as arestas e harmonizar as relações.

Muita paz!
Feliz dia das mães!

domingo, 2 de maio de 2010

Ante a semana que se inicia

Mais uma semana inicia-se neste momento. É a primeira semana de um mês considerado longo: o mês de maio.

Um mês de 31 dias. Não parece nada, mas, geralmente, acabamos por ficar desanimados porque o pagamento não costuma durar até o final do mês. Além disso, o principal feriado já passou, e, ainda por cima, caiu num sábado.

Esse quadro parece desolador, não é mesmo? Trabalhar semanas a fio, sem perspectiva de nenhuma folguinha...

A semana inicia-se assim como outras semanas. Tivemos diversos feriados nos meses anteriores, especialmente em abril. Se não há perspectiva de quebra da rotina, então devemos encarar essa semana e as próximas que virão com entusiasmo e dedicação, serenidade e resignação.

Você não está sozinho(a) nessa situação. A semana começa para todo(a)s. E, se você está começando, dê graças por estar vivos e ter condições de trabalhar; dê graças por ter seu emprego e conseguir dinheiro para poder se sustentar - mesmo que seja pouco, mas é a o que você tem direito no momento e o que dispõe para viver.

Com fé e paz, peça a bênçãos para poder vivenciar essa e as próximas semanas com paz, harmonia, tranquilidade e serenidade. A paz está onde nós estivermos: em casa, no trabalho, na vizinhança, na escola, no templo.

Vivenciando com pensamentos de paz, os dias passarão e, quando você se der conta, o dia, o mês, o ano já acabou. E você verá que não doeu nada: bastou apenas mudar a forma como você via a vida.

Tenha uma semana repleta de paz!

Deus abençoe este blog!

Olá!

Este blog será destinado a promover a paz pela internet.

Que todos sejam abençoados e que possam praticar a paz em todos os momentos de suas vidas!

Abraços virtuais e muita paz!